
Branquinha era uma fofa de gatinha, linda, uma vovó de 15 anos de idade. Conheci essa criatura incomparável no terreno da casa da amiga Leo. Toda vez q eu ia visitar essa amiga, lá estava Branquinha, q vinha tda carinhosa pedir um agrado rs q era simplesmente um carinho, acho q mtos gostavam dela...eu? O amava, desde a 1ª vez q eu a vi, e então sempre q eu ia a casa da Leo, msm q ela não estivesse no terreno, eu a chamava, e quase sempre ela aparecia, vinha correndo e se jogava no chão, era td de bom!!!
Um dia Branquinha apareceu com uma feridinha na orelha, um machucadinho pequeno, tive a informação de q um vizinho já estava cuidando dela, fiquei feliz em saber q haviam pessoas q se importavam. Então, mais um tempo se passou, e a amiga Leo, disse q a ferida tinha aumentado e combinamos de levá-la no veterinário. Qdo fui ver a Branquinha, q já não ia mais p o terreno, estava com a orelhinha em carne viva, pois é, bem feia msm e fétida, fiquei desesperada e então a levei no vet com a ajuda da Leo.
Chegando lá, já não tie boas notícias, o q eu já sabia, Branquinha estava com cancêr, e num estágio bem avançado, o q era péssimo. Então ela foi encaminhada a outro vet q decidiu pelo bem da Branquinha, em amputar sua orelhinha, pois era mais q necessário e ela estava sofrendo mto.
A vet explicou q como ela estava bem idosa, seria bem arriscado a cirurgia, e disse q ela teria outros tumores, pois aquele era maligno, e q o risco era grande dela não acordar após a anestesia.
Optamos pela cirurgia dela, era uma forma de fazer com q ela tivesse menos sofrimento.
Desde então, mantive Branquinha em minha casa. Nossa.. foi td, dei mto carinho à ela, mta atenção, mtos beijos mto td q eu podia.
O dia da cirurgia foi bem tenso, eu nem conseguia falar com niguém, fiquei mto nervosa e com mto medo de q aquela fosse a ultima vez q eu iria ver a linda gatinha. Rezei mto, o tempo inteiro, pedi q td desse certo e q ela pudesse viver após a cirurgia, pra q ela tivesse uma noite de sono tranqüila, p q ela pudesse receber tdo o carinho q eu ainda tinha p dá-la.
Após 3 h de espera, a vet veio falar comigo, fiquei tremendo e com um frio enorme na barriga, mas ela disse td q eu queria escutar:
- Pronto, foi td bem, vc já pode levar sua gatinha p casa.
Chorei demais de felicidade, qdo ela veio, ainda molinha com efeito da anestesia, eu a beijei tanto, e a mantive nos meus braços durante um tempo, foi mto prazeroso, foi único, gratificante. E agradeci mto a Deus por aquela oportunidade.
Fui então p casa com ela, e td foi um máximo, a recuperação e td mais. Ela se sentiu em casa rs O engraçado foi q meus outros 3 gatos, em nenhum momento tentou atacá-la, ela passeava pela casa tranqüiiiila e eles só a observavam, achei isso inédito, brilhante!
Na sexta feira, não tive um bom pré sentimento, senti um aperto no coração e uma imensa saudade, Então deixei td q eu tinha q fazer em casa de lado rs e pequei q Branquinha e fiquei a tarde tda com ela no colo. Ela me olha, passava suas patinhas em meu peito, dormiu, acordou, pediu carinho novamente... e assim ficamos juntas até a noite.
No sábado de manhã, eu e meu marido acordamos cedo p realizarmos entrega de cesta. Fui logo dar bom dia p gatinha, mas qdo a vi, ela estava bem diferente, bem molinha, triste... então dei café da manhã p ela e a fiz dormir p q eu pudesse sair.
Sai com um aperto enorme no coração, e fiquei com medo de chegar e não encontra-la mais com vida.
Qdo cheguei em casa, fui correndo p vê-la, e lá estava ela, linda, bem paradinha, mais viva!!! Agradeci a Deus novamente, pois estar perto de alguém querido nessas horas, eu acredito q é mto importante, é indispensável.
Então peguei a linda no colo e assim passamos o resto do dia, abraçadas...
A noite foi bem complicada, pois o medo aumentava e não pude pregar os olhos, tive q manter as mãos em cima dela, pq qdo a tirava, ela tentava se levantar, o que infelizmente não conseguia mais. Então fiz td como ela queria, acho q isso a confortou.
Por volta das 8:30h ela passou um pouco mal, teve uma espécie de falta de ar e então pensei...a próxima vez q ela fizer isso, pode ser a hora.
Então a peguei no colo e ficamos juntas o tempo inteiro, conversei com ela, dei mto carinho, catei e a mantive nos meus braços, bem confortável e quentinha.
Eu já sabia o que estava acontecendo, agora era só esperar, por isso não a abandonei nem por um segundo, aquele era um dos momentos mais importantes de nossas vidas, tanto p mim, por tê-la ajudado, como p ela, por ter alguém q a amava e a confortava naquele momento. Todo segundo se tornou mais q precioso e se tornavam mais longos.
Continuei cantando p ela e ao mesmo tempo agradecendo a Deus pelo destino q ele havia dado de presente a nós duas.
Depois da cirurgia, Branquinha ficou com seqüelas, seu olhinho direito parou de funcionar, devido ao nervo q foi atingido, e ela perdeu todo os sentidos dele, não abria nem fechava mais o olhinho.
Então, exatamente as 13:30, Branquinha abriu seus dois olhos e olhou p mim, dois olhos vivos...
encostei sua cabecinha em meu ombro e chorei demais. Ela deu 3 contínuo suspiros e foi embora.
A segurei no colo por mais meia hora, agradecendo a Deus e a São Francisco de Assis por td q eu havia vivido com ela. Nesse momento, meus gatos se mantiveram na porta do quarto e não tentavam mais entrar, algo q haviam por várias vezes tentado antes.
Depois da tristeza, me veio uma felicidade no coração, um alívio, um conforto, junto com um entendimento de q fizemos td q pudemos e q aquela era realmente a hora, e o melhor foi sentir q Branquinha estava feliz e agradecida por td.
Agradeço a Deus por me dar de presente essa dádiva de poder dividir o meu amor com os animais e por colocá-los sempre em meu caminho.